O
ovinho estava ali na folha.
E
nenhum bicho sabia que ovo era, nem quem era.
Um
dia o ovo começou a remelexer e de dentro dele saía um barulhinho assim:
crunch! crunch! crunch!
Até
que surgiu uma larvinha assustada:
-
Puxa quanta claridade! Que cores bonitas e quanta comida!
E
começou a comer a folha onde nasceu.
Assim
foi vivendo sozinha.
Comendo
e dormindo, dormindo e comendo.
Um
dia se cansou: - Que rotina! Que saudades do meu tempo de ovo! Eu não via tanta
coisa bonita mas também não tinha vontade de brincar com elas. Foi então que a
larvinha descobriu que podia fabricar um fio parecido com a seda. E começo a
tecer um ovo para se entocar nele.
Teceu
um ovo muito bonito e quentinho.
E
dentro do ovo ficou, até que também se cansou.
-
Ah! Que saudades do sol, do céu, do verde e das flores! Eu vou sair! – ela
falou.
E
saiu: mas bem diferente.
Estava
colorida. Tinha virado borboleta:
Risoleta,
a borboleta.