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O boneco de chocolate



Na casa de Joãozinho reinava grande alegria.

Era o dia de seu aniversário e a família estava reunida para festejar.

O primeiro a chegar foi o vovô, trazendo consigo uma grande caixa amarada com uns laços de fita. Que seria?

Vejam! Que beleza de bolo! Sobre a cobertura de açúcar, lá estava, grudado, um boneco de chocolate. Tão bem feitinho que mais parecia garoto de chocolate, pronto para correr e brincar...

- Que delicia! - exclamaram as crianças.

- Vamos tirar a sorte para ver quem vai comer o boneco de chocolate! - disse o vovô.

Nesse mesmo instante, porém, o bonequinho deu um pulo e saiu correndo alegremente, cantando:

- Ninguém vai me comer! Eu sou ligeiro. E posso correr!

Mas Joãozinho não perdeu tempo e lá se foi atrás dele, acompanhado do papai e do vovô.

O boneco, porém, era esperto. Saltando o muro do galinheiro, lá se foi ele, correndo e cantando alegremente: - Ninguém vai me comer! Eu sou ligeiro. E posso correr!

- Cocorocó! – exclamou Dona Galinha. – Um boneco de chocolate passou por aqui!

E Dona Galinha gritou para os pintinhos: - Vamos crianças! Pode ser que sobre um pedacinho para nós. Cocorocó! Vamos, crianças!

E assim, lá se foram Dona Galinha e seus pintinhos atrás do boneco.

Mas o bonequinho corria e saltava com facilidade.

E pulando a cerca dos cavalos, continuou a fuga, sempre correndo e cantando alegremente: - Ninguém vai me comer! Eu sou ligeiro. E posso correr!

- Quê! – exclamou o cavalo muito surpreso. – Um boneco de chocolate? Está pra mim!

E, assim, lá se foi ele também atrás do bonequinho.

Ricardinho. O caçula da família era muito pequeno. Dona Tartaruga era muito vagarosa. Eles foram os últimos da fila. Mas, mesmo assim, lá iam eles também, correndo como podiam, atrás do boneco.

Mas... quem alcançava o bonequinho de chocolate?

Contente da vida, ele continuava cantando pelo caminho: - Ninguém vai me comer! Eu sou ligeiro. E posso correr!

Atrás dele seguiam Joãozinho, o papai, o vovô, a Dona Galinha, os pintinhos, o cavalo, Ricardinho e a Dona Tartaruga.

Mas o bonequinho correu, correu até chegar à margem do rio. Que fazer? O remédio era cair dentro da água. O bonequinho, porém, não sabia nadar.

Assim mesmo, ele se jogou no rio e ... coitado! Foi se derretendo... derretendo... até desaparecer completamente.

Pouco depois quando chegaram todos à margem, só restava do bonequinho de chocolate um líquido gostoso, muito escuro e doce.

Ricardinho molhou o dedo e provou. Exclamou: -Que delícia!

Desse modo, todos voltaram para casa e continuaram a festa. Mas nunca puderam esquecer o bonequinho de chocolate, alegre e gracioso.